Nova Friburgo retratada pelo fotógrafo de D. Pedro II
Após o exílio, D. Pedro II doou sua coleção de fotos ao Brasil, batizada de Teresa Cristina Maria. O fotógrafo da Casa Imperial registrou Nova Friburgo em 1875, documentando o centro e arrabaldes da vila.
D. Pedro II, após a queda da monarquia e seu banimento do Brasil, doou ao país sua coleção particular de fotografias, dando o nome da esposa, recém falecida no exílio: Coleção Teresa Cristina Maria. São mais de 20.000 fotos, retratos, óleos, xilografias e litografias. O acervo foi distribuído entre a Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e Museu Imperial de Petrópolis.
Neste artigo publico apenas imagens de Nova Friburgo, cidade serrana próxima da Corte. D. Pedro II sempre foi um apreciador da fotografia e consequentemente se cercava de bons fotógrafos. Solicitou ao fotógrafo alemão Albert Henschel e a seu sócio Benque que fizessem imagens da vila de Nova Friburgo.
Nascido em Berlim no ano de 1827, Albert Henschel era teuto-brasileiro conhecido por produzir belas imagens do Rio de Janeiro como fotógrafo paisagista e por ser um excelente retratista. Pela qualidade de seu trabalho Henschel foi agraciado em 1874 com o título de fotógrafo da Casa Imperial juntamente com Benque, habilitando-o a retratar o cotidiano da monarquia brasileira.
Henschel e Benque estiveram em Nova Friburgo no ano de 1875, e fotografaram a estação de trem, a praça Getúlio Vargas, o Instituto Sanitário Hidroterápico, o chalé do Barão de Nova Friburgo (hoje Country Club), a Cascata Pinel, o vale do Rio Grande (Riograndina), a Fonte do Suspiro, a vista geral da vila e o Hotel Leuenroth. Este hotel era onde o imperador se hospedava com a família. Seguem as imagens de Nova Friburgo do acervo da Biblioteca Nacional.
Hotel Leuenroth
O leito ferroviário do vale do Rio Grande. A estação de trem ao fundo na segunda imagem, e a locomotiva na terceira.
Cascata na propriedade da família Pinel, onde a princesa Isabel em certa ocasião fez um piquenique.
